ASTROSOFIA

ASTRO-FILOSOFIA - ASTROLOGIA SIMBÓLICA - ASTROLOGIA PITAGÓRICA - A CIÊNCIA DOS CICLOS OU CICLOSOFIA - ASTROLOGIA ESOTÉRICA, COLETIVA & MUNDIAL
"ASTROLOGIA PROFUNDA PARA UM MUNDO MELHOR" - CIÊNCIA & FILOSOFIA NOVAMENTE UNIFICADAS PELA SÍNTESE!"
Eis que vimos a Sua estrela no Oriente e viemos homenageá-lo." Mt 2,2 (sobre os Reis-magos astrólogos)
"Eu (acredito em Astrologia porque) estudei o assunto, e o senhor não." Isaac Newton (a um crítico da Astrologia)

Disse uma sábia, fazendo eco a Newton, que "a Astrologia não é uma questão de crer, mas de conhecer" (Emma C. de Mascheville). E este se revela o único grande problema, ou seja: o de conhecê-la de fato, coisa dificultada ora pela sutileza de seus postulados, ora pelos desvios que sobre ela se acometem a partir disto. Mas nada disto desmente a sua importância histórica, que tem norteado os rumos das civilizações por milênios, sendo mesmo hoje respeitada sábios e presidentes.
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As Idades do Mundo – Uma Tradição Universal


Nosso tema diz respeito aos mistérios do tempo.
Os Antigos tinham várias maneiras de representar o tempo. Dentre as mais importantes, se encontra a imagem da serpente. Esta imagem surge num primeiro momento, em função do movimento serpentino que faz a Terra em torno do Sol, tanto na sua evolução anual como no Grande Ano de Platão. Destaca-se, porém, sobretudo a imagem da serpente que morde a própria cauda, como símbolo da circularidade do tempo. Esta circularidade está presente em toda a natureza, na forma como retornam as Estações, no ciclo do dia e da noite, no ciclo das marés, etc.

Além disto, e aprofundando a questão, percebe-se a natureza cíclica nas próprias escalas numéricas adotadas pelos povos.

Para a filosofia ocidental, a idéia do tempo circular tampouco é estranha, e para não mencionar Platão, que tanto falou sobre a questão, temos em Nietszche um expoente enfático do tema. É claro que a origem deste conhecimento, pode ser egípcia e mesmo oriental. No entanto, jamais se deve pensar que tudo retoma um ponto zero absoluto na evolução: o verdadeiro símbolo da evolução não é o círculo, mas a espiral (e nisto a imagem da serpente continua a servir como re­fe­rência). Pois, da mesma forma como cada dia conhece o seu período de luz e som­bra, ele também sofre a influência do mês e da estação em que se acha in­serido. E igualmente, cada Estação recebe sua forma dentro de um contexto definido seja em termos geográficos como tem­po­rais, se observamos neste último caso, por exemplo, o ciclo das glaciações que transforma continuamente a superfície do globo.


As Idades do Mundo refletem os períodos da vida humana. Como na vida humana, o mundo começa puro e frágil como uma criança, logo vira um adolescente, depois um adulto e por fim um ancião. O que segue-se depois, não é exatamente o fim, mas um recomeço num outro nível. Nisto, podemos suspeitar que existe uma reciprocidade simbólica onde tais evidências históricas e esotéricas forneceram aos antigos "provas" da continuidade da vida humana após a morte física.

Outro símbolo formoso da temporalidade é o do rio. Para os hindus, o Ganges nasce da cabeça do deus Shiva. Já para os egípcios o Nilo, chamado Hapi, está sob o trono de Osíris. Tratam-se, portanto, de enfoques diferentes sobre o tempo, onde no primeiro é visto superior­men­te, e o segundo de modo básico. De qualquer forma, em ambos permanece a idéia das águas que, da mesma forma que a serpente, comporta ondulações, etc.
Como o rio, o tempo nasce do alto de uma montanha mítica, cresce seu caudal com o acesso dos vários afluentes, para desaguar no Oceano da Eternidade ou, quiçá, da materialidade... tudo depende de como se enfoque.

Inicialmente, pode-se dizer que a evolução superior depende da energia gerada pelo Avatar no começo do mundo. Esta energia superior é obtida pela alquimia das forças caóticas criadas pela humanidade em épocas anteriores, e que os Mestres empregam como ma­téria-prima para a sua transformação. Nisto, encontramos uma exposição que transcende o bem e o mal.

Este é, porém, um tempo sagrado, gerado pela luz divina. Representa a própria civilização em sua mais nobre expressão.

Por outro lado, em termos brutos, o tempo é em si mesmo aquela energia caótica, oposta à eternidade enquanto transcendência das cadeias psicológicas (obviamente, nisto tudo o tempo cronológico é secundário). Por esta razão, é que se acha sob o trono de Osíris, servindo de matéria prima para a alquimia que realizam os Avatares através de seus sacrifícios expiatórios. Como sabemos, Osí­ris é o grande deus do sacrifício dos egípcios, assim como o deus dos mortos e do Além.

Esta imagem aparentemente linear do tempo enquanto rio, não deve, porém, enganar. Como sabemos, as águas fornecem a mais perfeita idéia da circularidade de um elemento, através de seus quatro estados: sólido, líquido, gasoso e, eventualmente, ígneo. Antes de surgir como água corrente ou lençóis subterrâneos, existem as nuvens e, logo, a chuva. As águas dos oceanos são, obviamente, a grande fonte de umidade para a retomada do ciclo que renova todas as coisas. A incidência do calor sobre os mares provoca a evaporação, e daí a chuva.

Da mesma forma, a energia de um Mestre, ao incidir sobre a massa humana, causa uma transformação geral. Longe de se manter afastado, ele penetra na consciência coletiva da humanidade e a eleva imperceptivelmente. E é nisto que devemos ver a origem de todos estes mitos primordiais que incluem a intercessão divina.

As Doutrinas do Tempo


Várias são as doutrina s relativas ao tempo, e muitas as cronologias e divisões possíveis da temporalidade. Mas, não devemos julgar que uma invalide a outra. Da mesma forma como uma laranja pode ser dividida em gomos maiores ou maiores, também o tempo pode ser focalizado segundo várias diretrizes, concedendo cada uma certo padrão vibratório.

Em alguns casos, encontraremos fórmulas complexas de conversão de tempo, dotadas inclusive de elementos simbólicos. De fato, estas doutrinas têm sido geralmente esotéricas, devido à importância das chaves de conhecimento que concedem. Aqui vamos difundir melhor algumas coisas, e também insinuar certas realidades ocultas sobre estas ciências.

Filosoficamente falando, encontramos em Platão muitas informações importantes. Mas, em termos concretos, muito do que lá existe pode ser encontrado nas doutrinas hindus sobre a organização do tempo, sobretudo no Brahmanismo, com sua doutrina dos Manus, e do Manvantara e do Pralaya, ou Dia e Noite de Brahma.

Existem muitas outras de importância menor, como as Idades divinas de Joaquim di Fiore, adotadas por Dante e que divide a história do mundo em período de 1.250 anos relacionados à Trindade. Através desta, a Idade do Pai começou com Abraão, e a do Filho com Jesus, de modo que estamos agora na Idade do Espírito Santo, desde o final da Idade Média. Os persas trabalhavam com ciclo de 3.000 anos. A própria Era zodiacal pode ser dividida através daquilo que correspondem os decanatos, ou seja, ciclo de 700 anos; etc.

Mas, vamos nos ater aqui aos grandes mistérios do tempo, porque necessitamos circunscrever e limitar este trabalho. Abaixo, descrevemos a cronologia do Manvantara, segundo a doutrina hindu, o qual comporta as quatro Idades do mundo ou Yugas.


1. Krita (Ouro) ou Satya (Verdade) Yuga ................... 1.728.000 anos

2. Tretâ (Prata) Yuga .....................................................1.296.000 anos
3. Dwapara (Bronze) Yuga ............................................ 864.000 anos
4. Kali (Negra) Yuga ...................................................... 432.000 anos
Total: ............................................................................... 4.320.000 anos

Obviamente, estes números parecem astronômicos em relação à existência humana, apesar de serem chamados pelos orientais precisamente de "anos humanos". Na verdade, talvez contenham realmente de algum modo alusões astronômicas, como veremos adiante. Ocorre que, ao lado desta formulação mais exotérica, existe outra mais oculta que divide estes ciclos por 360, permitindo obter os chamados "anos divinos" que resultam nos seguintes valores:


1. Krita (Ouro) ou Satya (Verdade) Yuga ................... 4.800 anos

2. Tretâ (Prata) Yuga ..................................................... 3.600 anos
3. Dwapara (Bronze) Yuga ............................................ 2.400 anos
4. Kali (Negra) Yuga ...................................................... 1.200 anos
Total .............................................................................12.000 anos

Obviamente, encontramos agora valores bastante mais palpáveis de tempo, e onde várias correspondências com outras doutrinas podem ser realizadas. Era muito comum os Antigos considerarem a este hemi-ciclo do Grande Ano de Platão, como um período completo de Criação. Viria então corresponder a um Manvantara ou um Pralaya, juntos formando um todo de 26.000 anos do GAP. Ampliando esta fórmula, cabe observar que a proporção entre as Idades é de 4, 3, 2 e 1. E isto corresponde também à fórmula pitagórica da Tetraktys. Na verdade, está encerrada nos próprios ciclos "divinos", se consideramos que comportam um porcentual de 20% de seus períodos divididos entre sub-ciclos de transição no começo (Sandhya) e no fim (Sandhyana) das Yugas. Isto é suficiente para demonstrar que ocultam mistérios e analogias, apesar de certamente trazerem mais luz à questão. Pretendemos dar ainda uma pequena colaboração na elucidação deste problema, contando uma experiência.

Quando criança, fizemos uma viajem próximo ao pólo Sul, na região da Patagônia argentina. Lá tivemos a oportunidade de observar um fenômeno que aos nossos olhos certamente soa bastante estranho, e tanto mais quando visto por uma criança que não tem conceitos sobre o assunto, assim como devem ter sido visto pelos antigos navegadores espantados. Falo do chamado "Sol da meia-noite".

Como se sabe, nos pólos existem seis meses de dia e seis meses de noite. Deste modo, encontramos nisto uma analogia com um dia e noite único que duram todo um ano. E assim, reencontramos a proporção 1/360 empregada pelos hindus em sua conversão de anos humanos para "anos divinos", numa chave com verdadeiras proporções, senão astronômicas, ao menos planetárias.

O significado disto, seria aludir à transformação de energias da Terra que acontecem na medida em que se passa do "tempo polar" ao "tempo equatorial". Para bem compreender tal coisa, seria necessário penetrar na simbologia do Pólo enquanto espiritualidade e unidade, de um lado, e do Equador como materialidade e diversidade, de outro lado. No primeiro, teríamos uma espécie de Sendeiro Axial, semelhante ao Caminho Central da Árvore da Vida, assim como na consumação do progresso espiritual numa única existência. E no segundo, uma evolução periférica que recorreria toda uma série de existências para consumar seus objetivos.

E isto é tudo que posso dizer sobre estes augustos mistérios.

Podemos seguir empreendendo relações elucidativas. De modo que passaremos agora a uma análise concreta de outro ciclo astronômico que tem sido já relacionado às Idades do Mundo, inclusive a partir de uma escola de origem hindu. Sua importância consiste na correlação com ciclos empregados por outras tradições, como os maias, e mesmo diferentes doutrinas orientais.

Segundo esta visão, o ciclo de civilização ocupa um período de 5.000 anos, tendo começado precisamente há 5 mil anos, de modo que estaria agora terminando. Existem duas grandes doutrinas que concordam mais ou menos claramente com isto: a hindu do Manvantara, que faz a Kali Yuga começar em 3.102 a.C., e a dos maias cuja última "Era solar" teve início em 3.113 a.C. Nessa abordagem que segue, uma grande síntese entre a doutrinas ocidentais e orientais será buscada.

Baseado como está no arquétipo de tempo mais poderoso que existe, o ciclo de 5.000 anos permite à humanidade vislumbrar um completo arco de evolução mun­dial, decorrente entre um perfeito plano de unidade e um completo estado de desintegração social.

Os Brahma Kumaris têm sido o principal expositor deste ciclo, mas pecam ao dizer que tudo se repete literalmente a cada novo ciclo de 5 mil anos, o que realmente não faria sentido à luz da evolução. Sabemos que os dias e as noites se repetem sempre. Mas, também estão sujeitos às Estações, que não apenas lhes alteram o clima, mas a própria duração. Indo mais além, veremos que as Estações também mudam segundo as Idades glaciais do mundo, e assim por diante. Então, não faz sentido pensar que alguma coisa possa ser jamais realmente idêntica.

Por isto falamos dos maias. Para eles, estes mesmos ciclos estão encaixados num conjunto de 5 mundos ou Eras solares que integram o Grande Ano de Platão, com seus 26.000 anos. E estes grandes ciclos também estão organizados de forma algo semelhante às Idades, regidos por energias elementais: Fogo, Terra, Ar, Água e Éter cada um.

Mas tudo isto pode nos levar longe demais. Devemos pegar agora cada um destes ciclos para analisar a sua estrutura interna, porque é isto que corresponde então a um ciclo histórico, inclusive naquilo que de forma científica podemos considerar o termo hoje. A História do homem começa praticamente há 5 mil anos atrás, com instituições muito semelhantes às que conhecemos hoje. Parece que uma verdadeira civilização, seja de que forma fosse, somente ocorreu milhares de anos antes, pois o final de cada um destes ciclos é de barbárie, como em nossos dias. Somente que a Era anterior não era "científica". Era isto sim a Atlântida, desenvolvida nas regiões extremo-ocidentais, sobretudo a América do Sul. Tiwanaco, nos Andes, é um resquício desta época, e pos­si­vel­men­te a Ilha da Páscoa também. Naquele tempo, tudo era muito diferente. A energia emocional regia tudo, e não a razão. As pessoas estavam voltadas basicamente para as relações humanas e a organização dos valores sociais, assim como para a re­ligião, que neste caso era basicamente mágica, trabalhando com as forças da natureza, embora também fosse astrológica e se enfatizasse amplamente o sacrifício divino e até o humano nos cultos. To­da esta situação foi a causa da decadência e da ruína da Atlântida, que Platão descreve em seu Timeu. De qualquer forma, aqueles foram apenas os primeiros experimentos de Civilização organizada ocorridos sobre a face da Terra. Antes, haviam apenas tribos, orientadas por xamãs e reis-guerreiros.

Com os Atlantes surgiram os sacerdotes e os reis-iniciados. O fato de serem precárias suas instituições, se deve ao fato da espiritualidade não poder ter sido muito desenvolvida naquela época, em função do estágio racial em que viviam. A 4ª Raça-raiz dava acesso apenas à 4ª Iniciação para os mestres, a qual é tremendamente crítica, é a Crucificação. Daí a ênfase perpétua no sacrifício como supremo ideal, já que uma síntese posterior ao nível de ressurreição não era ainda possível. O que já aconteceria durante a recente Era racial, a Árya, onde surgiram os Mestres verdadeiros, proporcionando um equilíbrio entre a Hierarquia e a Humanidade. Na Era que começa agora, surgirão então os super-Mestres, e isto permitirá uma grande liberação da própria humanidade e sua natureza superior será expressa, invertendo a ênfase inicial da Atlântida.

Para finalizar, desejo fazer uma análise dos ciclos internos de uma Era Solar, relacionando-os às Idades do Mundo. Tem parecido possível realizar uma combinação entre várias doutrinas cosmológicas.

Trata-se de quatro ciclos de uns mil anos, ou de 1.250 anos. É o mesmo período do ciclo de Joaquin di Fiore, citado no Apocalipse. Embora aqui se trate de quatro e não de três ciclos. Novamente, as Idades se sucedem como Metais, a saber: Ouro, Prata, Bronze e Ferro. E à diferença da doutrina do Manvantara, aqui tem tudo simetria e regularidade. Existe também aqui um período de transição, que em certa visão pode ser semelhante às unidades das Idades do Mundo. E é o importante saber, que estamos agora neste que é chamado a Idade do Diamante, uma transição de um ciclo antigo para o novo, que perfaz a mudança desde a mais negra Idade para a mais luminosa Idade. É a pressão gerada pelo calor, que faz do carvão um cristal ou um diamante.


Da obra "Os Cronocratores e a Construção da História", LAWS

Luís A. W. Salvi é escritor holístico, autor de cerca de 150 obras sobre a transição planetária.
Editorial Agartha: www.agartha.com.br
Contatos: webersalvi@yahoo.com.br
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