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A majestosa estrela Sírio, a
“ardente” em árabe (é a mais brilhante de todas) “rainha dos céus” e berço de
Mãe-Ísis, volta a governar uma vez mais a Civilização como nos áureos dias da
Atlântida, agora quiçá sob uma nota matriarcal ainda mais elevada, conjuminada
com a estrela Polaris da Ursa Menor que rege espiritualmente a Nova Civilização
desde “os mais altos céus”...
Sóthis (Sírio) e Ísis
A reabilitação da estrela Sírio
(situada no Hemisfério Sul do céu) pela Nova Raça Ocidental, representa pois um
resgate dos valores ancestrais da Grande Ocidentalidade que inspirou a Alta
Cultura atlante, deu nascimento à religião superior e estruturou os antigos
calendários raciais.
No dizer de Blavatsky, “todas as
religiões antigas tiveram Sírio por referência”, e isto se aplica em especial
ao ciclo atlante, com fortes reminiscências na cultura áryo-atlante do Egito,
da China/Tibet e em Meso-América.
Os
informes esotéricos dão conta de estar Sírio relacionada à Loja Branca (também
chamada “Loja Azul” nestas circunstâncias) –ver em “Astrologia Esotérica”, de
Alice A. Bailey, que afirma estar a estrela vinculada ao “Centro da Hierarquia”
e à energia do amor, possuindo uma relação especial com o “coração do Sol”. Sírio também costuma ser realmente chamada de “estrela azul”. Os Índios
Hopi dizem que “quando Kachima (como chamava a Sírio), a Estrela Azul fizer a
sua aparição no céu, o Quinto Mundo emergirá.”
“Bailey então relaciona Sirius
aos Sete Raios: ’Sírio atua em forma sétupla através dos sete raios e seus
sete grupos, pois constituem a Hierarquia Ativa."(op.cit.) Também o faz
indiretamente quando afirma ser tal estrela uma espécie de Alma de nosso Sol,
seu ‘Eu Superior’ ou ‘Anjo Solar’, uma imagem crística interna. Diz a amanuense:
Sírio é a grande estrela da iniciação, porque nossa Hierarquia (expressão
do segundo aspecto da divindade) está sob a supervisão ou controle espiritual
magnético da Hierarquia de Sírio. É a Estrela da Sensibilidade.(op.cit.)”(“Os Peregrinos de Tula”, Ed.
Agartha)
Cão
Maior (onde está sua alfa, Sírio) não se encontra entre as constelações polares
e nem entre as constelações eclípticas/equatoriais, mas sim numa faixa
intermediária e, mais que isto, está junto ao “Rio das Almas”, forma poética
como os antigos chamavam à Via Láctea, a qual também corta a eclíptica e os pólos.
Nisto
existe, pois, um caráter central ou intermédio, entre uma zona considerada
espiritual (os pólos) e outra tida como material (o zodíaco ou a eclíptica),
resultando nas seguintes correlações (ainda
usando a conexão polar árya da Ursa Maior mantida por Bailey):
a.
Pólos .............. Ursa Maior ...... Espírito .............. Divindade
b.
Via Láctea ..... Sírio ................. Alma ................. Hierarquia
c.
Zodíaco .......... Plêiades ........... Personalidade ... Humanidade
Disto
resulta um esquema semelhante ao símbolo chinês Wang ou “Homem Universal”, como se observa abaixo, e onde à posição
sótica incide uma cruz central:
Esta
“Zona Média” é deveras importante na astronomia, e tal coisa se revela melhor
na esfera sublunar através da função da faixa subtropical do planeta,
especificamente na latitude 30 que centraliza os Hemisférios oferecendo uma
distribuição equitativa das Estações, como uma espécie de mandala ou pirâmide
climática. Ali tem nascimento o circuito das manchas solares no Sol e ocorrem
as convecções dos ventos em nosso planeta. Tampouco é necessário insistir na
importância desta zona planetária na criação das civilizações e na manutenção
do espírito de síntese da Tradição da Sabedoria, como muitos autores já o têm
observado, pois se relaciona diretamente ao mistério de Shambala, o centro
espiritual supremo da Terra.
Bailey
firma também se tratar Sírio do Quinto Logos solar, e casualmente sabemos ser
esta a quinta estrela mais distante do nosso sistema solar, situada a “apenas” 8,6 anos-luz do nosso
sistema solar...
Esta conexão de Sírio com o pentagrama, faz com que esta estrela se
relacione às fontes da Mente cósmica, o Manas superior e a origem do manah sagrado, relacionada ao Atma ou
Alma, o quinto princípio. Os hindus também associam Sírio aos Kumaras, os
“senhores da mente” surgidos na raça lemuriana, quando se implantou as semente
da mente na humanidade, especialmente sob a ação de Sanat Kumara. Daí também os
vínculos naturais entre Sírio e Vênus (o único “astro” ainda mais brilhante do
que Sírio em nosso céu), sob cuja custódia os Kumaras vieram ao mundo.
Os Quatro Kumaras
Por esta razão, Helena P. Blavatsky fazia associações
entre Mercúrio e Sírio, levando a
suspeitar que não poucas antigas “louvações ao Sol” seriam destinadas quiçá a
este outro pólo ou Sol espiritual::
“Basta examinarmos certos pergaminhos egípcios mencionados por
Rossellini para descobrirmos Mercúrio –uma réplica de Sírio em nosso sistema
solar-, e Sothis, precedido das palavras sole e solis custode, sostegnon dei dominante,
il forte grande dei vigilanti, ‘vigia do Sol, fundamento de todos os domínios e
o mais forte de todos os vigilantes’. Estes título e atributos pertencem agora
ao arcanjo São Miguel.” (Blavatsky, “História de um Planeta”)
Ora, o número
“cinco” rege o nosso próprio sistema solar, o qual possui cinco bilhões de anos
de idade -a nossa Terra, inclusive. Tudo isto gera por si só um poderoso
alinhamento geométrico cósmico. Os egípcios diziam que as escamas do céu são
feitas de pentágonos, daí desenharem as estrelas sempre com cinco pontas. E isto traz outro sentido à relação que Platão faz do dodeacaedro com o éter ou o quinto elemento, tido como essência do Espaço.
Espiritualmente, porém, existe hoje
um vínculo esotérico especial, em função da Loja Branca estar se preparando
para assumir o Adeptado ou a Quinta Iniciação. Esta será a condição dos novos
rishis, apóstolos ou o “círculo do Graal”, que são as elevadas elites-de-luz
que cercam o Logos e seu representante, o Pontifex Maximus, o Ketub, Pólo ou Axis Mundi espiritual, o Papa verdadeiro de cada geração. Para
isto, reportamos o leitor à nossa matéria “A Quarta Ronda: iniciações humanas
& hierárquicas”.
Gravura de Robert Fludd, Utriusque cosmi
Assim, naturalmente a Iniciação
coletiva deste Elevado Grupo de Servidores se pautará na meditação sobre as
“glórias” da estrela Sírio e seus mistérios. Seu nome árabe de “a ardente”,
também leva a considerações esotéricas a respeito da “terra ardente” da
iniciação, que deve ser percorrida por aquele que aspira pela iluminação -ver
adiante sobre o “Sendeiro que conduz a Sírio”.
Destarte, podemos ainda associar Sírio a
Júpiter, igualmente glorioso na sua expressão e tido como o planeta-da-maestria
(seu nome sânscrito é guru e se lhe destina as quintas-feiras),
verdadeiro proto-sistema solar que ademais protege com sua imensa massa e força
gravitacional os restantes planetas dos ataques de corpos estranhos ao sistema
solar.
Astronomia siríaca
A estabilidade celeste de Sírio
(Sothis no grego, Sopdet em egípcio) lhe confere um papel polar simbólico ou de
caráter espiritual, sendo usada como um fator regulador
dos calendários. É como demonstram os estudos egípcios do perenialista R. A.
Schwaller de Lubicz:
“O ciclo solar é complexo, e se considera atualmente o Ano
Trópico (tempo compreendido entre dois retornos consecutivos da Terra
ao equinócio de primavera) e o Ano Sideral (tempo que decorre entre duas
conjunções da Terra com uma mesma estrela).
Mas estes dois períodos se
contam por frações de dias, de minutos e de segundos, e não podem servir de
unidade de tempo fixo, pois exigem correções constantes. Também os Antigos
não adotaram nem um nem outro, senão o Ano Siríaco de 365,25 dias exatamente,
ano determinado pela volta periódica da ascensão helíaca de Sirius.
Entre os movimentos excessivamente lentos das estrelas chamadas “fixas”,
umas em relação às outras, Sirius é a única estrela que permite compensar
o desvio irracional do tempo e estabelecer um Ano Fixo –ou Ano de Deus–
que sirva de medida de referência para notar todos os movimentos do céu. A
ascensão helíaca de Sirius determinava o Dia do Ano Novo, chamado
“abertura do Ano” (em Le Roi de la Théocratie Pharaonique ).
Demonstra também que, dadas as
irregularidades do tempo convencional, “com nosso calendário atual não será jamais
possível aos arqueólogos futuros situar um fato com precisão no tempo, porque
nosso ano zero é determinado segundo um mandato teológico e não por uma data
astronômica.”
Ciclo sótico e
“Anos divinos”
Para
estas, os egípcios determinaram o ciclo sótico-maior de 1.461 anos, o qual teve
aliás uma incidência na época do Cristo. Acima temos uma gravura do padre
jesuíta Athanasius Kircher, apresentando a divisão do ciclo sótico em
quatro “anos divinos” de 365 anos cada, relacionados à sagrada família egípcia
(Osíris, Ísis e Hórus) e à própria Sothis.
O Haab solar de
360 dias
Para constar, este ciclo maior cabe dezoito
vezes no Ano Cósmico, servindo de “matriz” para várias realidades “sublunares”,
tais como o calendário solar maia-nahua (o Haab) de 360 dias (mais os 5
dias epagomenais), e a importância dos 18 anos na maioridade e no despertar
espiritual dos mestres. Vale lembrar pois os vínculos do ciclo sótico na
abertura do ano solar no Egito, sob a canícula (surgimento da Estrela do Cão no
Verão, junto ao Sol) associada às cheias do Nilo. Vale notar que o dia 26 de
julho do calendários meso-americanos, associado especialmente ao Tzolkin,
também teria a sua origem neste marco estival.
Outro ciclo importante, é aquele interno de
54 anos realizado no próprio sistema binário de Sírio, ciclo este observado
pela tribo nigeriana dos Dogon, África, como uma provável herança da
macro-cultura atlante. Sírio é uma “gigante branca”, e sua “irmã”
Po Tolo (ou “Digitária”) é uma “anã branca”.
O sistema
binário de Sírio
Irregularidades na trajetória de Sírio,
sugerem se tratar na verdade de um sistema triplo, o que pode estar sugerido
pelo símbolo/nome egípcio de Sírio, abaixo. A terminação “det” ou “tet”, aponta para o
“pilar de Osíris” (djed) que é a quádruple força criadora do nosso universo.
Sopdet
Tal ciclo de 54 anos assemelha-se àquele
praticado nos “jubileus” tradicionais como o hebreu de 50 anos e, sobretudo, o
maia-nahua de 52 anos. Diz a lenda nahua que Quetzalcóatl “morreu” aos 52 anos,
virando a estrela Vênus.
A chegada espiritual do “Quinto Sol”
Na Nova Ocidentalidade, também podemos
estimar uma transformação semelhante na vida do Mensageiro aguardado (Quetzalcóatl/Kukulkan, Kalki, Maitreya, Cristo...),
versão espiritual do Grande Sol do Ocidente, também relacionado à data
profética de 2012 como foi trazido à luz pelos arqueólogos na ocasião, a
respeito da verdadeira profecia maia acerca da chegada de um “senhor celeste”
nesta data (coisa que a mídia sensacionalista preferiu todavia ignorar), afinal
todo começo de ciclo solar/racial e astrológico demanda esta Manifestação, e a data
de 2012 envolve ambos, uma vez que os maias tinham treze Eras astrológicas.
Kukulkan, a
“serpente de plumas”
O "Sendeiro que conduz a Sírio"
Dentre os Sete Sendeiros de Evolução Superior, anunciados pelos teósofos, a quarta via cósmica é o “Sendeiro que leva a Sírio”, sendo aquele que possui mais afinidade com a humanidade, por envolver a “energia” do amor (ver mais sobre os Sete Sendeiros na matéria “Os Sendeiros Cósmicos e os Raios Divinos” e em nossa obra “O Livro dos Chohans”).
Selo do “Sendeiro a Sírio”
O Selo do
"Sendeiro a Sírio", acima, traz fórmulas de equilíbrio, como uma cruz trapezóide (simbolizando o ser humano e a iniciação quaternária que refunde céu e terra)
com um cristal no seu "coração" (o lugar da
"jóia-no-lótus") e encimada por duas estrelas em giros opostos. Tal
ideograma sugere, pois, a forma de trabalho dos Adeptos que optam por este
Sendeiro -também chamados de Dragões de Sabedoria"- e que tem sido
descrito como "arrebatamento cósmico e bem-aventurança rítmica",
ou "dança rítmica sobre o quadrado" (Bailey).
Seguramente
podemos ver nesta gravura uma alusão a quaternários sagrados como o IHVH hebreu
ou o mantra tibetano OM MANI PADME HUM (esotericamente comentados na obra
“Magia Branca e Teurgia – Oriens et Ocidens”), além de reportar-se ao acróstico VITRIOL, traduzido como “visita
o interior da terra e retificando encontrarás a pedra oculta.” Outra indicação
dual, é que este Sendeiro conduz ao Plano Astral cósmico, o mais próximo ao
nosso Plano físico Cósmico. Daí a relativa facilidade do acesso a este Sendeiro de Evolução
Superior.
A estrela da Quinta Ronda, brilha mais forte no céu da Nova Era!
Encerremos, pois, com esta Oração a Sírio:
Ó glorioso Sol Branco
Por cujo intermédio nos chegam os raios do amor
Tu que és o Templo da Grande Mãe divina
Abençoa os teus filhos que buscam a paz e o amor
Traz-nos a felicidade nesta vida e na outra.
Encerremos, pois, com esta Oração a Sírio:
Ó glorioso Sol Branco
Por cujo intermédio nos chegam os raios do amor
Tu que és o Templo da Grande Mãe divina
Abençoa os teus filhos que buscam a paz e o amor
Traz-nos a felicidade nesta vida e na outra.
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