ASTROSOFIA

ASTRO-FILOSOFIA - ASTROLOGIA SIMBÓLICA - ASTROLOGIA PITAGÓRICA - A CIÊNCIA DOS CICLOS OU CICLOSOFIA - ASTROLOGIA ESOTÉRICA, COLETIVA & MUNDIAL
"ASTROLOGIA PROFUNDA PARA UM MUNDO MELHOR" - CIÊNCIA & FILOSOFIA NOVAMENTE UNIFICADAS PELA SÍNTESE!"
Eis que vimos a Sua estrela no Oriente e viemos homenageá-lo." Mt 2,2 (sobre os Reis-magos astrólogos)
"Eu (acredito em Astrologia porque) estudei o assunto, e o senhor não." Isaac Newton (a um crítico da Astrologia)

Disse uma sábia, fazendo eco a Newton, que "a Astrologia não é uma questão de crer, mas de conhecer" (Emma C. de Mascheville). E este se revela o único grande problema, ou seja: o de conhecê-la de fato, coisa dificultada ora pela sutileza de seus postulados, ora pelos desvios que sobre ela se acometem a partir disto. Mas nada disto desmente a sua importância histórica, que tem norteado os rumos das civilizações por milênios, sendo mesmo hoje respeitada sábios e presidentes.
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O Complexo Astrológico e o Problema Espiritual

É bem conhecida dos astrólogos a relação entre a Astrologia com a saúde. Os signos importantes da pessoa inclinam naturalmente a problemas análogos, em função das próprias energias que incrementam numa existência. O Ascendente, por ser já uma esfera mais física, traria uma espécie de predisposição crônica propriamente física, ao passo que o Sol e a Lua seriam mais aspectos agudos em relação à mente e as emoções respectivamente. Tais coisas representam porém situações mais ou menos normais, que as pessoas ainda conseguem administrar sozinhas com um mínimo de empenho e de atenção.

Fora isto é muito importante observar também os aspectos e em especial as conjunções ou os próprios stelliums (agrupamentos de planetas), porque estes tendem a atuar como complexos de energias evocativos do conceito psicológico de Jung. No caso denominaremos analogamente tal quadro como um “Complexo Astrológico”.

Um stellium representa uma poderosa concentração de energias, como uma espécie de furacão na existência do indivíduo. Este turbulento ponto cego pode se tornar então um alvo privilegiado para a consolidação de situações graves e crônicas, por ser capaz também de dar abertura para verdadeiros problemas de ordem espiritual -e sim, estamos conjeturando sobre o potencial de atrair forças obscuras obsessoras, de modo a resultar num complexo verdadeiramente desafiador.

Tal coisa poderia talvez parecer transcender a esfera da Astrologia, e no entanto tudo isto está notoriamente relacionado. Afinal tratar de saúde espiritual não tão diferente assim de trabalhar com a saúde física; a não ser em termos de metodologias, ou até nem tanto.

O grande dilema do “amadurecimento” deste ponto crítico de um horóscopo, através da problemática espiritual, é que ele pode passar a ser incorporado à própria personalidade do indivíduo, pois se começa a confundir o que é seu e o que não nos pertence de fato. Tal coisa também é possível porque a obsessão pode conferir certo poder para algumas coisas, enquanto retira ainda mais a energia de outras.

Estas energias até podem ajudar alguém a fazer bem certas coisas (ao menos em termos de eficiência), mas elas também levam descontroladamente a excessos e a exageros -para evitar usar aqui palavras mais fortes, inclusive clínicas. O exagero já era considerado pelos gregos -na forma da famosa hybris- como a grande síntese dos desvios comportamentais humanos, porém podemos dizer que em boa parte ele também é influenciado pelo processo da obsessão.

Tal exagero ou desequilíbrio também encontra expressão natural no campo social e claro nos próprios mitos tradicionais, com destaque para o do dilúvio. Um modelo político-econômico expansionista costuma estar relacionado a tal, contrastando assim entre culturas espirituais contidas e culturas materialistas expansivas. Consciência planetária e globalização não são apenas conquistas da virtude humana, pois representam também riscos de idênticas proporções. Certamente a ideia de dilúvio e de “fim de mundo” encontra-se diretamente relacionada ao domínio desta mentalidade materialista, que desgasta a Natureza e desequilíbrio a ordem social local e planetária.

No caso do indivíduo, o problema começaria já na infância da pessoa naturalmente -considerando que o horóscopo representa o mapa do nascimento-, e se agravaria com o passar dos anos, especialmente caso a pessoa ou a família não se esforcem para tratá-lo, até que resulte um complexo consolidado e um traço de personalidade assumido. Teoricamente o stellium poderia indicar um potencial especial a ser desenvolvido, ou uma forte energia a ser canalizada de forma criativa, porém isto nem sempre acontece a tempo, por uma ou por outra razão, e então esta energia pode se tornar mórbida e criar agravantes. Com isto não estamos dizendo que a própria Astrologia seja um instrumento vital e necessário, e sim que a capacidade de observação e o acompanhamento devido são importantes.

Solucionar este quadro naturalmente resulta também desafiador, e tanto mais quanto passe o tempo, até porque o tempo pode ser um elemento importante para a obtenção das respostas necessárias. Provavelmente a psicoterapia ou a psicanálise -já que mencionamos Jung- podem dar a sua contribuição.

Desde logo, porém, podemos buscar lançar mão de certos recursos que a própria Astrologia tem a oferecer, como é o conhecimento do Princípio de Luz e Sombra, ou seja: da busca do equilíbrio das energias. Tal coisa representaria uma verdadeira panacéia para os desafios astrológicos em geral e, porque não, para os mais graves e especial.

O que representa afinal um Complexo Astrológico? Significa uma região do horóscopo que recebeu tanta luz que chegou a cegar o indivíduo, tornando-se como um ponto cego que não admite um olhar isento sobre a situação. Por isto ele pode necessitar de uma ajuda externa para perceber melhor o quadro.

Posto isto, a Doutrina de Luz e Sombra sempre ensina a olhar para a energia oposta em busca de um maior equilíbrio. E no caso de um Complexo Astrológico, parece não haver outra saída senão dar também muita ênfase a tais energias contrárias às do próprio Complexo. Então aqui já pode haver um caminho, uma luz para seguir.


De qualquer forma também seria importante um estudo minucioso do stellium para observar os planetas envolvidos e todas as suas redes de relações -casas, signos, domicílio… além dos já mencionados aspectos, a fim de avaliar a natureza do envolvimento (tal como o comprometimento) de cada setor do horóscopo (isto é: da vida da pessoa) neste Complexo.
LAWS

O SENTIDO ASTRONÔMICO DAS FESTAS CELTAS


Pouca gente conhece os fundamentos astronômicos das festividades sazonais célticas, em especial aquela mais famosas e “pagãs”, chamadas Samhain –que é o Ano Novo celta-, Imbolc, Beltane e Lughnassad.
Deve soar curioso para algumas pessoas que festas sazonais usem datas distintas daquelas celebradas pelo calendário cristão e tantas outras culturas. As festas celtas possuem relação direta com marcos astronômicos inusuais, mas exatos, quanto ao real começo das Estações, incidindo daí sobre os Signos Fixos.
Não obstante, algumas sociedades celtas também celebravam festas nos marcos cardinais “tradicionais” dos signos cardinais: Natal, São João, São Miguel e Pentecostes; assim como outras nos seus “pontos-médios”.


Estes, por sua vez, possuem analogias com as latitudes geográficas das culturas céltidas. Não raro, saberes peculiares derivam de certas particularidades dos povos e culturas, tal como a sua posição geográfica no globo, assim como a sua condição evolutiva e espiritual, suas referências cósmicas particulares, etc.* O Cristianismo se referencia pela Era de Peixes, que no Zodíaco sidéreo (de evolução “retrógrada” em relação ao tropical) se relaciona aos marcos cardeais.

Os “Pontos Médios” Anuais

A referência astronômica tradicional das Estações, são o máximo tamanho ou o equilíbrio dos dias e noites, mas os celtas celebram também a transição sutil entre estas condições.
Em função do que chamo “inércia climática” (acúmulo sazonal de temperatura), a mudança do clima não obedece sensivelmente as datas celtas, que passa assim mais como um requinte astronômico do que um fato social. Contudo, tampouco podemos associar com correção esta mudança sazonal aos marcos cardeais tradicionais, porque ali já se define bastante bem um ápice climático.

No livro "Astrologia Telúrica - o resgate da sabedoria das Estações" (Editorial Agartha), trato do assunto em mais detalhes:

“Os dias seis dos meses de Maio, Agosto, Novembro e Fevereiro, são considerados especiais porque correspondem ao grau 15 de cada signos fixos, ou Touro, Leão, Escorpião e Aquário, configurando a cruz central do Zodíaco, eixos de forças associado os quatro poderes elementais. Segundo Rudhyar, o 15° grau dos signos fixos é um ponto de “descenso de energias divinas” (cf. Astrologia da Personalidade). A astrologia indiana divide os signos pela sua metade (para efeitos de polaridades), semelhante aos “idos” dos meses dos romanos."


O Centro da Galáxia

Dane Rudhyar explorou assim, uma chave esotérica que possui analogias com as festas celtas. Podemos inclusive tentar associar o Centro Galáctico à 26,5 graus de Sagitário à Abertura do Ano celta. Prossigamos, todavia:
“Palavras como Quaresma (46 dias) e Pentecostes (50 dias), fazem alusão inequívoca aos ciclos de 45 dias existentes entre a Páscoa e os pontos médios que a cercam (no rumo dos solstícios), originando no caso o dia de Cinzas e a Festa do Espírito Santo, que incidem próximo a estas datas. Tais dias, com pequenas modificações representam, por exemplo, as festas mais importantes do calendário celta.


Calendário litúrgico cristão

“O que significam estas quatro datas? Ocorre que, desde o ponto de vista da evolução da luz (e não do clima), que determina as proporções de luz e sombra durante os dias, as Estações iniciam, a rigor, nos “Pontos Médios” existentes entre os solstícios e os equinócios, ou na metade dos signos fixos; posto que solstícios e equinócios são apenas situações clímax da condição solar, sendo na verdade o centro das Estações e não os seus inícios. Afinal, a relação de luz-e-sombra nem sempre é idêntica à evolução climática, a qual sofre a ação da inércia.
“Isto significa que as Estações têm o seu início “oficial” com um atraso de 45 dias. E o que justifica este atraso é que, do ponto de vista climático, ocorre uma espécie de inércia produzida pelo ‘acúmulo climático’, capaz de empurrar para frente o início solar das Estações. Ou seja: a soma da temperatura, ao esquentar a terra e a atmosfera, produz certa estagnação que conserva o clima da estação para além do seu marco solar de transição.”

Abaixo vemos esta realidade diagramada, tendo os marcos solares médios representados pelos signos fixos na cruz transversal:
A “Roda do Ano” celta

Assim, no caso das festas celtas, a referência não é o clima e o tempo atmosférico, e sim a luz e o tempo matemático; não se referencia pelos ápices (modelo de registro que se estende também às lunações tradicionais) climáticos e sim em começos reais, algo independente do clima.

Não se trata de visões distintas, e sim complementares. A dupla-cruz é comumente observada nas mandalas e símbolos. Uma não substitui a outra, tal como existe o tempo profano e o tempo litúrgico, embora nem sempre isto se aplique formalmente pois é possível omitir ou resumir informações. A Verdade é sempre uma combinação entre estes modelos.


Chaves de Analogias


As festas celtas tradicionais incidem nos ângulos de 45 graus do zodíaco, e por analogia, ao mesmo grau geográfico de latitude, que passa junto a Genebra (a cidade de Guenevere, esposa do Rei Arthur), coração agarthino da Europa na indevassável Suíça que, graças às montanhas alpinas, pode resistir a muitos invasores e preservar a sua cultura tradicional.

No esforço de compreender o significado de algumas importantes coordenadas geográficas mundiais e locais, chegamos a certas conclusões avançadas sobre os dois focos geográficos com que mais temos trabalhado, que são os paralelo 15 e 30.

Trata-se de Chaves de Analogias entre as posições astronômicas nos raios hemisféricos, e as posições geográficas nos arcos hemisféricos. Inclui-se daí simbologias associadas a ciclos de evolução humana.



½ Raio (30º) do círculo é análogo a ½ arco (45º) de circunferência hemisférica.
1/4 Raio (15º) do círculo é análogo a 1/4 arco (23º) de circunferência hemisférica.



23º nos Hemisférios é a linha dos Trópicos, associada à evolução do Ponto Vernal, encerrando as “zonas intertropicais de influência zodiacal”. Por analogia, o Paralelo 15 teria relação com a implantação dos Ciclos Religiosos associados às Eras zodiacais. O caráter tropical desta faixa, estaria associado ao trabalho religioso através da transmutação das emoções.

45º no Zodíaco é o centro dos Signos Fixos, ou dos Quatro Elementos. Associação com os 4 Ventos e com os 4 Querubins; os Picos de Civilização e as Raças-raízes. Por analogia, o Paralelo 30 teria relação com a implantação dos Grandes Modelos de Civilizações. O caráter tropical desta faixa, estaria associado ao trabalho mental de apuramento de sínteses.
Assim, no paralelo 30 também caberia já trabalhar com as festas celtas tradicionais.

O Conhecimento Sagrado alcança certas sutilezas e delicadezas especiais. Supera as aparências fenomênicas para buscar verdades sutis –numênicas, se assim se quer- nem sempre evidentes mas igualmente poderosas, que dialogam continuamente com os fatos externos. Fazem parte de um Jnana Yoga superior que mandaliza e cosmifica a consciência. Poderá ser astrológico em relação à astronomia, e poderá ser astronômico no tocante à geografia –sempre buscando enobrecer e ampliar a percepção de mundo.

* “As cadeias de símbolos composto obedecem rigorosamente à geometria esférica, origem e fim de padrões atemporais na cosmologia tradicional, adaptações feitas pelos diferentes povos obedecem pontos de vista centrados em sistemas complexos de interpretação local. No ano litúrgico católico suas festas aproximam-se do zoroastrismo, hebraismo e dos egípcios com sua veia atlante...” (J. Marciano Ribeiro, de cujo diálogo nasceu esta matéria).

Assista ao video


* Luís A. W. Salvi é filósofo holístico e escritor polígrafo com cerca de 150 obras, e na última década vem se dedicando especialmente à organização da "Sociologia do Novo Mundo" voltada para a construção sócio-cultural das Américas.
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FRACTAIS: CHAVES ESTRUTURAIS DOS CICLOS & TRANSIÇÕES NA “ASTROLOGIA PITAGÓRICA”


“ ...Pode-se ver a natureza do número e sua potência em atividade, não só nas coisas sobrenaturais e divinas, mas ainda em todos os atos e palavras humanos, em qualquer parte, em todas as produções técnicas e na música.” (Theon de Smyrna, pitagórico do século I d.C.)

A ciência tradicional dos fractais fornece as chaves matemáticas da transição das Era em geral, solucionando muitas dúvidas que pairam sobre os temas das transições.
Nas Filosofias do Tempo, fractais não são apenas unidades de uma escala-de-tempo, mas unidades da escala decimal; sendo nisto provavelmente universais, mesmo quando se empregue aparentemente outras escalas. 

A Tetraktys
Em “O Fator Maia”, o maianista José Arguelles confere uma explicação à luz da Ciência: “O princípio do fractal subjaz à natureza holográfica das coisas: de uma fração do todo em particular, pode-se construir o todo completo.” 
Esta estrutura decimal está presente na fórmula 4-3-2-1 da Tetraktys pitagórica, empregada inclusive na elaboração de calendários como o Manvantara (ver adiante). Além da questão métrica, a Tetrakys também determina o fator-qualitativo das Idades –e talvez sobretudo este.
Na medida em que o fractal assume esta força de paradigma, ele também se torna um elemento estruturante da escala a qual resume. Daí ser a base da construção dos “tons”, que são também os “signos”, eras ou “estações” do ciclo maior, como diria Arguelles, dando exemplos do seu caráter decimal: “O 13 é o fractal de 130 (13x10), o 144 é o fractal de 1.440 (144x10) (e) representam proporções que permanecem constantes através de uma série potencialmente infinita.” (Op. cit.) Esta seria, porém, apenas a informação básica sobre o assunto, posto que um fractal isolado ainda não cria os signos conhecidos.
A “fonte” da informação completa para a construção dos signos e das transições, está na própria Doutrina do Manvantara, ao demonstrar que o fractal deve ser aplicado tanto no começo (sandhya) como no final (sandhyana) dos ciclos, de modo que ao cabo devemos separar 1/5 dos montantes para efeitos de transição -o que enaltece a escala pentagonal, cuja influência ressoa realmente em dimensão cósmica na evolução do Universo (cabendo destacar aqui, na esfera individual, o sistema budista de cinco chakras). Sua natureza é “alquímica” tratando de energias e com iniciações, ao passo que o sistema setenário atuaria mais sobre expansões de consciência. 

O Vajra
Um dos nomes que recebe este período-de-transição é “Idade do Diamante” (Vajrayuga). No sonho de Nabucodonosor sobre as Idades Metálicas e Civilizações, a dupla-Idade final está composta por ferro e argila, mas ainda é destruída por uma pedra. No Oriente, o sistema tântrico Vajrayana (“veículo do raio” ou “do diamante”) surgiu historicamente em torno do século VII d.C. (ainda que fosse mais antigo internamente), época que define também a conclusão da última Era solar. O Tibet foi escolhido para a eclosão histórica da chamada “terceira volta do dharma”, mantendo-se desde então como o reduto das grandes sínteses da sabedoria oriental, até a invasão chinesa em 1950. Nesta escola se desenvolveu o conceito do Vajrayakaya, “o corpo adamantino” dos Budas.
Assim, o princípio fractal é aquele elemento que tem o poder de gerar um salto-de-qualidade nos ciclos circulares (ou lineares), introduzindo um verdadeiro impulso espiral que sintetiza e potencializa a renovação das coisas, tal como demonstramos em nosso ensaio intitulado “As Grandes Transformações Planetárias”.


E neste caso, o “Quinto” de transição é gerado pela própria estrutura energética do ciclo, como se observa acima. A dupla composição do fractal-de-transição, projetaria daí subciclos que dividem o ciclo maior, e ainda o faria de maneira sempre fortemente dualista como é da sua própria natureza; compondo assim tanto a sua unidade quanto a sua dualidade.


Efígie romana do deus Jan

Um pouco de simbolismo

Na simbologia tradicional, este fato está representado pelo ollin maia-nahua, comumente associada à “quinta era” (ver adiante). No Ocidente uma das mais importantes alusões ao duplo-fractal se encontra no simbolismo do deus Janus (ao lado), com sua dupla face, uma antiga que advém da síntese da Era antiga, e outra jovem alusiva à força criadora da Era nova.
Há, contudo, um famoso diagrama ou símbolo gráfico ocidental relacionado ao mesmo, que é a vesica piscis (ver abaixo), explorando as sínteses e conexões entre duas esferas (outros símbolos orientais conectados a isto seriam o Vajra -ver acima- e o Ajna chakra). O símbolo costuma ser relacionado à Virgem, em cujo núcleo uterino se quer ver a geração do Logos, posto que os grandes fractais têm a função de fazer manifestar a síntese divinal.


Existiu inclusive um autor medieval que se inspirou bastante neste símbolo para organizar a sua teoria das Idades-da-Revelação, Joaquim di Fiori, cujas “Idades Divinas” (do Pai, do Filho e do Espírito, na imagem abaixo) inclusive possuíam as medidas usuais da Idade do Diamante: 1.250 anos, inspiradas em valores anunciados no Livro do Apocalipse. Juntamente com a vinda de São Francisco em sua época, esta teoria teve grande repercussão na transição da Idade Média.*

As "Idades Divinas" de Joaquim di Fiori
Tais coisas respondem, pois, a muitas questões sobre a transição das Eras em geral. Mais ainda, a importância do fractal seria tão grande, que até podemos dizer que é ele que determina os padrões cíclicos, seja signos, idades, eras ou sub-ciclos de toda a ordem! Obviamente, não poderia ser uma simples coincidência que os fractais completos sejam exatamente do tamanho dos ciclos. Assim, além de fator-de-transição, o fractal termina por funcionar também como matriz e padrão da escala em pauta.
Isto significa que os ciclos já nascem divididos pela influência do duplo-fractal, tal como nos “idos” dos meses romanos. A Astrologia Hindu observa criteriosamente esta divisão dos signos, aludindo indiretamente através disto aos milênios dentro da Eras.

As Dezesseis Divisões (shodasavargas) da Astrologia Védica 
Representa, pois, a primeira e a mais importantes das divisões (vargas) do Jyotisha Shastra, a Astrologia Védica, acima simbolizada por Sol e Lua diretamente entre os signos ao centro do tema e os decanatos (diagrama reproduzido na obra “Astrologia Esotérica", de Alan Leo).
Na presente explicação, concorre basicamente as estruturas matemáticas do universo, aliadas a certos fundamentos que se diriam ontológicos. Os fatores astronômicos viriam em segundo ou terceiro lugar, quase como mera alegoria de linguagem. Como diria Platão e muitos outros sábios, a matemática e a geometria é que regem as estruturas cósmicas. Por isto, podemos classificar as presentes observações como referentes à “Astrologia Pitagórica”.
Adiante observaremos os duplos-fractais na análise de alguns dos ciclos mais importantes. Buscaremos facilitar a compreensão deste mecanismo através de gráficos recorrentes, sem pretender esgotar o assunto, mas abrindo seguramente linhas fecundas de investigação.


Um modelo universal

A universalidade do fractal se provaria por se aplicar à própria existência humana. Qual a “unidade” decimal da vida humana? Alguns poderão dizer ser de sete anos, baseados na “mística” deste valor, que possui realmente muitas conexões matemáticas e astronômicas. Mas, este seria ainda um ciclo muito subjetivo e precoce (ou infantil). 



O verdadeiro fractal humano é o dobro do anterior, ou seja: 12/13 anos, quando o ser humano alcança a capacidade de se reproduzir; ainda que deva tardar outro dobro de tempo para a sua completa conformação biológica aos 25 anos de idade. É este valor que estrutura as astrologias em geral, ciência ou filosofia pela qual se medem os ciclos humanos, sempre sobre bases matemáticas e astronômicas igualmente.
Deste modo, o ser humano pode viver entre 120 e 130 anos -sempre e quando se atenda as condições necessárias para isto-, como reza a Ciência atual e afirma a Bíblia a certa altura.


Hierarquias de Avatares
É então que nos deparamos com o incensado mistério da transição das Eras, entendida como a Era de Aquarius. No geral, se busca esta resposta em duas formas (não raro combinadas): em cálculos matemáticos ou astronômicos, e na vinda de supostos avatares ou de movimentos espirituais. Tudo isto é muito importante realmente, ainda que se possa pecar por falta de exatidão, como provaria a própria divergência que existe em torno do tema.
Por tradição, a vida dos avatares costuma ser usada para abrir ciclos de tempo e calendários. À primeira vista, isto seria como uma centralização pessoal em suas figuras, mas na verdade estes seres também vêm ao mundo num momento cíclico adequado.
Nada porém é tão simples como se pode pretender. Os próprios avatares costumam ser classificados em várias categorias, sujeitas a ciclos cronológicos distintos e paralelos. Os diferentes calendários mundiais podem ter os seus próprios codificadores espirituais.
Hoje estes ciclos são bastante bem conhecidos, e também as datas, de modo que podemos enveredar na análise dos detalhes da transição.

A Era Astrológica


Partindo do ciclo mais famoso das Eras zodiacais, com 2.160 anos no geral, o fractal desta Era possui então 216 anos, sendo a transição completa de 432 anos. Esta base matemática influencia a Doutrina do Manvantara (ver diante).
O Sidéreo ou Eras zodiacais
Seu marco avatárico mais reconhecido foi a vinda de Jesus. De uma forma isenta, deveríamos aguardar portanto um avatar “análogo” apenas em torno do ano assim datado, algo como ali pelo ano 2.200 d.C. 
Assim, a princípio, enxergar a chegada deste “avatar” em nossos tempos poderia ser um equívoco, ao menos neste tipo de calendário, já que podem haver e existem outras mudanças de ciclos em curso. Outra hipótese pode surgir através de uma pretensa divisão maia (a confirmar) das Eras astrológicas em 13 Eras de 2 mil anos exatos cada, remetendo seus fractais a ciclos sociais conhecidos (ver item seguinte) e também, quando duplicado pela transição, ao padrão maia do baktun (400 anos) que os engloba parcialmente. Abaixo, demonstramos esta “gênese fractal”:




Na citada obra de Arguelles, existe uma interessante análise da última Era solar desde o ângulo dos baktuns, sendo que na tradição maia o 13 baktun marcaria a transição atual.
Assim, no padrão zociacal maia, poder-se-ia contar desde já com uma “Nova Era”, mas no modelo europeu tardaria uns 200 anos ainda. Sabemos contudo que uma transição “antecipa” as coisas. Porém, a extração do fractal-de-conclusão (sandhyana) nos remete ao ano de 1944, praticamente quando morre Hitler, acaba a Grande Guerra e Hiroshima e Nagasaki são destruídas pela bomba atômica (fatos ocorridos em 1945). Para o calendarista José Arguelles, a bomba atômica seria um marco da Nova Era.
A energia atômica realmente mudou o mundo, pois agora sabíamos que tudo pode acabar. O símbolo gráfico dos hippies, que recusaram servir ao sistema dominante, veio diretamente dos protestos contra esta forma de energia letal.
O movimento hippie seria assim uma sinalização da Nova Era, e o começo da preparação para tempos futuros.

A Era Solar

Faz algumas décadas começou a ser divulgada na Ocidente outros ciclos, especialmente aqueles que alguns chamam de Era Solar, e consta ter em torno de 5 mil anos. Maias e hindus possuiriam este registro, com datas também coincidentes, é claro. A data hindu está relacionada à morte do avatar Krishma, em 3.102 a.C.

Era solar e "Idades do Homem"
Deste modo, o seu fractal unitário ocupa 520 anos (o famoso ciclo-fênix dos egípcios, análogo ao “Fogo Novo” de 52 anos dos maias-nahuas) ou, duplicado, 1.040 anos no total. Aqui temos, pois, não apenas a base da transição “solar” completa, como também o próprio padrão das “Idades Metálicas” solares ou “Idades do Homem” de Hesíodo. As bases matemáticas nos ciclos dos Cronocratores (as conjunções de Júpiter-Saturno, de 60, 200/250 e 800/960 anos) seriam simples alegorias.
Abaixo, segue um gráfico que busca demonstrar a origem dos ciclos sociais de 200 anos através do fractal-de-transição  de mesma duração nos milênios.**


O ciclo do grande calendário “solar”, embora mais amplo e antigo que as Eras astrológicas, embora mais amplo e antigo, teria o término do seu ciclo em nossos tempos, mais exatamente em 2012 como sabemos, naquilo que se refere ao ciclo maia em particular.Hoje sabemos que muitas das profecias que cercam esta data reportam a adventos avatáricos, tais como anunciadas por Nostradamus, pela Teosofia (Alice A. Bailey), pelos maias antigos, pelos judeus, pela Eubiose e pelos hindus
Então, aqui sim podemos encontrar solo firme para a esperar da encarnação divina, considerando que o tempo tenha feito inclusive o seu trabalho de preparação. Vejamos. Seu fractal-de-conclusão começou pois em torno de 1.500, e sabemos que coisas importantes ocorreram nestes anos. Este fractal viu a desconstrução social da Europa através de ciclos materialistas, e também a organização das primeiras classes sociais do Novo Mundo.

ollin nahua
A transição completa destes ciclos tarda mil anos, e seu símbolo especial é o olllin nahua, acima, onde os fractais estão representados pelas argolas laterais que centralizam os pares de Idades do Homem. A rigor, esta simbologia pode servir para inúmeros ciclos de alguma forma análogos.

Do Manvantara

Este misterioso ciclo hindu chamado de “Dia de Brahma” ocupa, na acepção mais científica, o período do Ano de Platão de 26 mil anos, mais exatamente a sua metade, sendo a outra ocupada pela sua contraparte o Pralaya (a “Noite de Brahma”).
Aqui temos, pois, períodos ainda mais amplos, cujos fractais ocupam cerca de 2.600 anos cada ou 5.200 ambos. Sabemos que este padrão se identifica, pois, às chamadas “Eras solares” (ver item anterior), às quais originariam em última instância. 

Tais Eras estão dividias em milênios, que correspondem ademais ao padrão do seu fractal-de-transição, como busca demonstrar o gráfico abaixo.


Em “Astrologia Esotérica”, Alice A. Bailey evoca este período para a transição das “rondas” de 26 mil anos, assinalando que estamos recém finalizando uma passagem desta natureza ocorrida nos tempos de Jesus (ainda que outros autores possam optar por priorizar para isto os “solstícios cósmicos” –ver adiante)::
“O grande trânsito do Sol ao redor do zodíaco maior (um período de 25.000 anos,*** ou uma ronda completa) finalizou quando o sol entrou em Peixes, faz mais de dois mil anos. Este processo de sair ou entrar num signo particular e sua influência cíclica, abarca um período de cinco mil anos, no que concerne a esta ronda maior ou ciclo. Este período de cinco mil anos abarca o ciclo completo de transição, até que se alcança a completa liberdade de atuar sob a inspiração do novo signo. Portanto, não estamos ainda livres de um desajuste incidental.”
Neste sentido, as Eras de signos Fixos (Touro, Leão, Escorpião e Aquário) são as únicas realmente isentas das energias cósmicas de transição (especialmente o seu núcleo, neste caso), razão pela qual seriam momentos para pontear verdadeiras novas culturas no mundo, como demonstramos em nosso artigo “Os Signos Fixos e os Picos de Civilização”.
Paralelamente, existe a divisão (real ou aparente) deste ciclo em padrões assimétricos, por assim dizer, seguindo a estrutura da Tetraktys (ver acima), e que sabemos possuir valor iniciático... de sorte que este padrão pode resultar eventualmente de múltiplas aplicações. Esta a divisão dos grandes yugas (idades) “metálicos” (nem todos na verdade levam metais); embora a divisão das Eras solares também possa merecer uma classificação análoga.

O deus Eon e o Grande Ano de Platão
A base matemática estendida do Manvantara é 4.320.000 anos, ainda que possa ser “convertida” (através do fator-360) para apenas 1.200 anos (ver o “Glossário Teosófico” de Helena P. Blavatsky, verbete “Yugas”). Restaria resolver o dilema das Eras astrológicas de 2.160 anos: a qual duplo-fractal ela corresponderia, afinal? Elas devem ser diretamente conectadas às rondas de 13 mil anos, sem os seus fractais quiçá (a Doutrina Manvantara analisa estes grandes arcos ou rondas como tendo 10 mil anos “limpos” e mais 2 mil anos de transição). Ademais, ½ Era ou 1.080 anos são análogos aos 1.040 anos do duplo-fractal anos da Era solar antevistos.
Em sua obra “Formas tradicionais e ciclos cósmicos” René Guénon (quem também vê elementos “simbólicos” na doutrina do Manvantara) resgata este período por outras vias, e ainda aponta uma tradição que comporta cinco destes hemiciclos cósmicos, ou seja: uma estrutura fractal! Citemos, pois:
“O período que mais freqüentemente aparece em diferentes tradições, a bem da verdade, quiçá não seja tanto o da precessão dos equinócios como o seria antes de sua metade: com efeito, esta corresponde especialmente ao que era o ‘grande ano’ dos persas e gregos, avaliado freqüentemente por aproximação em 12.000 ou 13.000 anos, sendo sua duração exata 12.960 anos. Dada a particularíssima importância que se lhe atribui assim a este período, é de presumir que o Manvantara haverá de compreender um número inteiro de tais ‘grandes anos’; mas então qual é este número? A este respeito, encontramos, fora da tradição hindu, ao menos uma indicação precisa e que parece o bastante plausível para que esta vez, seja aceita literalmente: entre os caldeus, a duração do reino de Xisutros, que es manifestamente idêntico a Vaivaswata, o Manú da era atual, se fixa em 64.800 anos, isto es, exatamente cinco "grandes anos".
Note-se daí a analogia existente entre este ciclo maior, com os quadrantes de 6.480 anos do Ano Cósmico. Este fato pode remeter a outra analogia: o Grande Ciclo ou a “Ronda completa” de 250 mil anos (ou quatro “manvantaras” caldeus) de que Alice A. Bailey mencionaria em “Astrologia Esotérica”.****

Constelação Argo Navis
Porém, onde começa e onde termina realmente "no espaço" o ciclo sideral? Aqui existem considerações de alta monta, cujas respostas se encontram nos mitos cósmicos. Fala-se por exemplo das Plêiades (que algumas correntes tentam vincular à transição da Era solar atual), porém, esta parece mais conectada ao começo zodiacal em torno de Áries/Peixes antevisto (ver também lenda sobre o Velocino de Ouro e dos Argonautas). 
O grande Ibn Arabi pareceu também valorizar o Equinócio cósmico, ao afirmar que o mundo começou em Libra, signo muito ligado às Tradições Primordiais, especialmente através do termo como Tule ou Tula, nomeando este signo no Oriente. É através do equilíbrio, em especial, que as coisas podem se transformar e renovar. Não obstante, até alcançar este ponto médio, naturalmente existe uma preparação prévia!
Por isto também se fala de Eras siderais específicas como Câncer e Capricórnio, associadas aos solstícios solares e à astrologia dos planetas, com pendores esotéricos do tipo dos Sete Raios da divindade. Ou seja, à chamada “Porta dos Homens” em Câncer quando inicia o Manvantara ou “Dia de Brahma”, e a “Porta dos Homens” em Capricórnio (mais propriamente associada ao simbolismo de Janus, donde o nome do mês “Janeiro”) quando começa o Pralaya ou “Noite de Brahma”; tema dos quais René Guenon tratou bastante na obra “Símbolos da Ciência Sagrada”.
Este duplo-registro “setenário” se presta melhor para a análise "isolada" dos “arcos” de 12 mil anos do Ano cósmico. Solstício significa “sol parado” e Equinócio significa “noite igual (ao dia)”. 


Assim, o Solstício denota um recomeço, ao passo que Equinócio expressa apenas uma posição-de-equilíbrio no meio de um dado ciclo. Os calendários se dividem geralmente entre estas duas posições iniciais, e o calendário Ocidental europeu ostenta esta dupla influência. Enfim, a posição equinocial é mais mundana ou temporal, ao passo que a posição soslticial é mais esotérica e iniciática.
Contudo, como o Sidéreo retrograda no tempo, as Eras contempladas pelos fractais lhes antecedem, ou seja: Leão e Aquário, quiçá meados deste Eras. Isto explicaria a chegada de um avatar cósmico na Era de Leão como foi Sanat Kumara, dito ter acontecido em meados da época lemuriana, que ocorreu durante as Eras de Virgem e Leão, antecedendo, pois, o “Solstício Cósmico de Verão” em Câncer, também chamado de “Porta dos Homens”, onde começou o atual Manvantara, sob a organização da raça Atlante e da criança de um novo grande modelo cultural antropológico ou até paleontológico: o atual homo sapiens sapiens.
Assim, as rondas de 13 mil anos determinam as subespécies humanas, e atualmente se estaria preparando uma transição desta ordem, inclusive sob uma influência humana inédita, atestando com isto uma iniciação maior para a humanidade. Fala-se na Astrologia Esotérica que estamos na Quarta ronda mundial, de modo estaríamos a preparar as elevadas provações da Quarta Iniciação cósmica ou planetária...
Dentro desta métrica, poderíamos estar tangendo atualmente este fractal, que poderá ser inclusive anunciado pela chegada de um novo avatar cósmico da estirpe de Sanat Kumara, somando assim eventualmente com a “missão” paralela da nova Era solar. A dupla-missão costuma ser simbolizada no Hinduísmo através de avatares de dupla-face, como é o caso de Vaikuntha (com faces de Leão e de Javali).

Manu e o deus Brahma
Os grandes avatares cósmicos recebem o nome de Manus (“Mentores”), origem do próprio termo “Manvantara” que significa “entre dois Manus”. Entre os atributos do Manu está, justamente, aquele de forjar uma nova humanidade. Tal coisa não é feita, porém, com guerras ou através da genética pessoal, como costumam dizer as lendas modernas a respeito do tema. E sim de maneira cultural selecionando grupos humanos e organizando ambientes especiais para habilitar as novas evoluções. Símbolos como o da Arca de Noé e métodos outsider como os de Abrahão ou de livramento social como em Moisés, tangem diretamente a estas questões, estratégias que servem não obstante perfeitamente para ciclos menores da evolução humana.

* A teoria é algo complexa e “versátil”, as três Idades são apenas a classificação principal, podendo comportar cinco ou até sete ciclos (como no mito dos Sete Dias da Criação), porém a última é dita como “além do nosso entendimento”.
** Explorando as variantes deste subciclo de 200 anos, podemos chegar até o “Fogo Novo” maia-nahua de 52 nos. Através deste, por sua vez, somos capazes de obter o padrão-katun de 20 anos que é uma das bases das escalas maias de tempo.
*** Na edição argentina, lê-se “250.000” anos, porém o contexto da frase pende mais para a noção tradicional de 25 (ou 26) mil anos.
**** Mesmo em se tratando de algum tipo de erro ou véu existente na publicação, o ciclo seguramente existe.
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Luís A. W. Salvi é filósofo holístico e escritor polígrafo com cerca de 150 obras, e na última década vem se dedicando especialmente à organização da "Sociologia do Novo Mundo" voltada para a construção sócio-cultural das Américas.
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TRADIÇÃO E MISTÉRIOS DA QUINTA IDADE DE TRANSIÇÃO


O Quinto Elemento tem sido sempre um grande segredo da Tradição de Sabedoria. Geralmente ele é visto como um dom de alquimia, de enobrecimento e de integração. Nas Doutrinas do Tempo este princípio também existe, porém de forma enigmática e rara, como se pertencesse a um Tempo além do tempo...
Desde o Livro de Daniel, se conhecem menções sobre as Idades do Mundo e uma Quinta Idade misteriosa, vistos na forma de “impérios” todavia. Não muito distante, o poeta e mitólogo grego Hesíodo conferiu ao Ocidente informações sobre as "Eras do Homem", sem detalhar porém sobre espaço ou tempo.

Dhyani Budas
No mais, existem menções indiretas ou simbólicas –não obstante sempre importantes- dentro de tradições antigas como a hindu (talvez a budista também) e as meso-americana, entre outras.
Hoje se conhece algumas doutrinas importantes sobre a questão, merecendo destaque a ótica oriental dos Brahma Kumaris e a tradição ocidental dos Cronocratores, a qual remontaria não obstante à Pérsia. Estas visões trabalham com ciclo milenares ou aproximados, entre outros, e os ciclos dos Kumaris quase se identificam aos das Idades divinas de Fiori, salvo na diferença das datas.
Aquilo que merece destaque aqui, é o tema da Quinta Idade, presente em todas estas tradições, pese os mistérios que sobre ela pesa. No geral o trato popular tende a omitir o assunto, uma vez que as fontes pouco dizem a respeito, que representa ademais uma espécie de excepcionalidade dentro do quadro das Idades, quando não se trata de algo colocado de forma a questionar ou debater.

Uma recensão histórica

Assim, desde a Antiguidade se sabe sobre uma Quinta Idade, aquela que também se chamou de “Quinto Império”, cuja natureza de transição dificulta no entanto a sua compreensão e inclusão na exegese. Passemos pois a uma breve recensão textual e semiótica do assunto.

Hesíodo interpõe uma quinta e misteriosa “Idade dos Heróis” entre a Idade de Bronze e a Idade de Ferro, coisa esta de difícil compreensão, salvo talvez dentro de universos culturais paralelos como ocorreu em séculos mais recentes através das correlações entre Américas e Europa, onde não obstante os “heróis” pertenceriam ao contexto (sul)americano “alheio”. Contudo, Hesíodo parece tratar de Idades reais (milenares ou mais), e não de simples ciclos sociais, donde remontarem a Cronos (sugerido assim uma natureza de Manvantara).
Em Daniel, temos uma imagem bela e expressiva do tema, salvo a interpretação "reducionista" (social) que o profeta confere. Através dos pés do gigante metálico do sonho de Nabucodonosor, a idéia precisa a divisão especial da quinta Idade do mundo, intercalada entre duas Eras distintas. Sua dupla composição ferro-barro alude, de um lado, à conexão com a anterior Idade de Ferro na velha Era, ao passo que o “barro” reporta a situação frágil porém “modeladora” dentro da nova Era, ou senão uma dissipação final das coisas, quando a ordem social retorna ao caos original sob distintas formas de anarquia. No mais, existe também a Pedra destruidora, que seria o Islã, e nisto o mesmo espectro volta hoje a rondar a Europa e o mundo. Adiante voltaremos a este assunto.

World Drama Wheel
Para os Kumaris, o tema da Idade do Diamante até merece destaque, apesar do tempo exíguo que se lhe atribui: dois séculos meramente para a grande transição da Era completa, prazo que corresponderia antes à transição interna das próprias Idades metálicas, e não ao seu conjunto ou das Eras solares.*
Finalmente temos a Doutrina Cronocrator, hoje resgatada após seu esquecimento desde o final da Idade Média. A menção à Quinta Idade sobressai aqui, tácita  e juntamente com os semelhantes ciclos sociais, através das variantes das correlações astronômicas com as conjunções de Júpiter e Saturno, o que torna certos ciclos “variáveis”.**

Ciclos da atual evolução brasileira segundo o Calendário Cronocrator

Nisto tudo, as imagens nahuas e as fórmulas orientais também têm dado a sua grande contribuição para enriquecer e completar o tema, tal como nos temas do ollin e de sandhya/sandhyana (ver adiante), relacionados à transição dos ciclos, parcial ou geral.
Tais coisas têm permitido, pois, conferir uma visão bastante clara, ao final, do misterioso tema da Quinta Idade. Através destes elementos, podemos determinar o caráter milenarista, formativo e restaurador da Idade do Diamante, vista como um Quinto Milênio interno ou qual período intercalado entre as Eras.
Uma análise do símbolo nahua nos permitirá conhecer melhor estas questões, a seguir.


O Ollin: símbolo de movimento & transição

Os mistérios profundos do tema da Quinta Idade derivam em parte das complexidades das Filosofias do Tempo, porém, naturalmente existem aspectos acessíveis.
Não se deve esperar que os mais requintados detalhes sobre os calendários sejam fáceis. Mas quando chega uma grande transição de ciclos, os “detalhes” podem chegar a adquirir uma grande dimensão e importância! Os mistérios da Quinta Idade (ou “Império”) dizem respeito, especificamente, aos mecanismos de transição de tempos.
Nenhum dos antigos comentaristas das "Eras do Homem", tratou do tema das cronologias de forma mais explícita ou científica, senão de maneira vaga, mitológica e poética, sendo que Ovídio omite a misteriosa “Idade heróica” de Hesíodo (que este situa provavelmente de maneira deslocada, porque deveria estar ao final). Amiúde, vemos inclusive colocações curiosas, mesmo nas escolas modernas que tratam de detalhar e precisar as coisas.

O símbolo nahua ollin, acima e ao lado, significa “movimento”. Sua natureza remete à quintessência e se aplica a diferentes ciclos e grandezas. A estrutura geral é semelhante à do Caduceu mercurial, como se observa abaixo, à diferença do ollin ser mais simétrico ou mandalizado e conectado à ideia solar de centro, e o caduceu mais verticalizado e conectado à ideia da árvore, polo ou eixo.


Ollin não representa, porém, “apenas” mais um ciclo como os outros (como costuma ser interpretado), e sim também o fractal-de-transição de um todo. Na numerologia e nas Filosofias do Tempo, fractal é a fração proporcional de 1/10 de um todo, destinado a resumir e encerrar um ciclo qualquer.
Considera-se tradicionalmente, porém, esta fração decimal tanto no começo como no final dos ciclos, somando assim 1/5 do tempo total dos ciclos. Na Doutrina do Manvantara, o fractal inicial é denominado sandhya e o fractal final é chamado sandhyana. Entre os maias, um dos símbolos que corresponde a ollin é o de Hunab Ku, abaixo.


Nota-se aqui alusões às quatro idades e as transições internas (sandhya & sandhyana), sendo que a Grande Transição está representada ao centro –o ollin em si mesmo.
As Eras astrológicas que antecedem imediatamente o final dos ciclos zodiacais, também possuem naturalmente esta função de transição –são os casos de Leão e Aquário, por exemplo, em relação ao Zodíaco sideral de 26 mil anos.
Na Teosofia se fala de sete ciclos raciais e sub-raciais. Alguns teósofos esotéricos questionam porém estas divisões, ou ao menos oferecem padrões alternativos. Na ótica maianista das Eras solares de 5 mil anos, existem apenas cinco Eras no Ano cósmico. Este ciclo maior pode ser dividido de muitas maneiras, basicamente as mesmas que dividem os valores 24 e 25. Vale notar então que uma divisão quaternária de 6 mil anos também encontra respaldo na Tradição, e pode star presente nas profecias através de símbolos como os Querubins de Ezequiel.
No caso da Era solar de 5 mil anos, os fractais ocupam dois períodos de 500 anos, somando assim mil anos na dupla-transição de entrada e de saída. 
A chamada Quinta Idade, representa enfim o grande fractal de transição construído pelo conjunto das Idades, ou da Era solar que termina e da Era solar que começa, e que acaba interpenetrando-lhes: na primeira como síntese rematadora e na última como força criadora, tendo as classes sociais como instrumentos.
O diagrama abaixo traz o ollin da Pedra do Sol asteca, com o qual, mais que qualquer outra coisa, visamos sugerir algumas destas situações.


O nome tradicional da Pedra do Sol é “Casa da Águia”, e as “garras de águia” que aparecem na imagem (segurando corações) são os fractais-de-transição, ao passo que as idades estão representadas nos quadrados que cercam a efígie central da deidade solar Tonatiuh. Cada fractal é a síntese de um par-de-idades, o fractal “Diamante Branco” (energia convergente ou espiritualista) visa resumir as Idades de Ouro e de Prata a que darão origem, ao passo que o fractal “Diamante Negro” (energia divergente ou materialista) é a síntese das Idades de Bronze e de Ferro que lhe dão origem.
Por si só, as garras já sugerem cinco unidades (séculos, no caso). Os corações “vitimados” são essências, núcleos espaço-temporais, ou mesmo sínteses fundadoras. Pois esta é que representa a verdadeira Era dos Heróis, tendo ademais caráter messiânico.
Num certo sentido, os símbolos que correspondem ao ollin no Ocidente são os emblemas “solares” como a suástica e o laubaru celta, ao lado. Estes símbolos demonstram, pois, um quaternário sendo dinamizado e integrado, semelhante ao dinamismo social e à própria iniciação espiritual.
Contudo, as cruzes gregas ou de cavalaria, não deixam de fazer alusão ao tema, aquelas mesmas que depois ornariam as caravelas que vieram descobrir o Novo Mundo, como herança templária de antigos cavaleiros-monges convertido em intrépidos navegadores.




Neste aspecto, tampouco podemos descartar o símbolo oriental do Tao, onde se contemplam complementos e hierarquias, e não obstante a quintessência poder ser entrevista no seu movimento externo (antigos ying-yang) e na própria harmonia interior (novos ying-yang), está sobretudo no seu próprio conjunto devidamente integrado.

Sobre as Idades do Mundo

As Idades Metálicos do Mundo representam períodos históricos que abarcam vários impérios, estando presente em distintos calendários da civilização, seja o ciclo solar de 5 mil anos ou o Manvantara de 12 mil anos.

Existe uma conhecida classificação das transformações da cultura universal em termos de Mito -> Epopéia -> Filosofia -> Ciência, que pode ser aplicada seja ao conjunto das Idades ou mesmo aos ciclos sociais que as integram.
De uma forma convencional, as divisões acadêmicas da História mundial se encaixam neste tema, pese sua enorme imprecisão matemática (com todas as distorções disto resultantes), em parte devido à ignorância ou o não-reconhecimendo das transformações culturais da “Primeira” Antiguidade (Arcaica).

Divisões Acadêmicas da História (Era Solar de 5 mil anos)
1. Antiguidade Arcaica. Da escrita (Sec. XXX a.C.) à Homero (Sec. VIII a.C.).
2. Antiguidade Clássica. De Homero (Sec. VIII a.C.) à Queda do império Romano (Sec. V d.C.)
3. Período Medieval. Da Queda do império Romano (Sec. V d.C.) à Tomada de Constantinopla (Sec. XV d.C.)
4. Modernidade. Da Tomada de Constantinopla (Sec. XV d.C.) à atualidade (Sec. XXI d.C.)

Quanto ao “Quinto Império”, sabemos se tratar de um império “misto” euro-americano, inclusive como um fator pós-moderno de transição. Corresponde mais ou menos àquilo que a Teosofia fala das sub-raças de transição da Quinta Raça-raiz (árya ou euroasiática), focalizadas nas culturas germano-latinas, norte-americanas e sul-americanas.
A dupla natureza do Quinto Império se traduz –para usar a imagem do sonho de Nabucodonosor- em que a Europa mantém a energia da velha Idade Ferro e a América adquire um caráter de barro, seja para forjar algo novo, seja face a dissolução moral do império americano.
As Américas vivem o seu próprio ciclo, relativamente autônomo, embora tenha prevalecido durante esta primeira metade da Idade Adamantina a geopolítica do Setentrionalismo ou Atlantismo. Porém, há indicações de que a América do Sul, especialmente o Brasil, se acha organizando algo mais consistentes. E é possível que no segundo ciclo-Fênix (ou de 500 anos) do milênio, desponte como uma nação universalista. As chaves socioculturais para isto já estão sendo conferidas, através da Sociologia do Novo Mundo.

O Império do Divino

Na esteira deste tema, também emerge, pois, o calendário profético de Joaquim di Fiori, caminhando praticamente a par com a Idade Diamantina transeônico. Pois num certo sentido, a Doutrina joaquinita das Idades Divinas representa um segmento das Idades Metálicas milenaristas, havendo inclusive formulações em Fiori de cinco e até de sete idades.*** A chegada de São Francisco de Assis naquele momento, serviu como elemento de corroboração desta teoria cíclica, e mais tarde seus seguidores viram na descoberta do Novo Mundo uma oportunidade e uma revelação para buscar recriar as coisas da religião e mesmo como preparação da Parúsia.

Podemos observar no ideograma seguinte, a convergência de várias “lendas proféticas”, basicamente a Idade do Espírito Santo (do calendário das Idades Divinas, com 1.250 anos cada, inspiradas no Apocalipse) de Joaquim do Fiori, e a “Idade do Diamante” de transição das Eras solares de 5 mil anos. Estes calendários geram duas lendas ou mitos milenaristas, respectivamente: o “Império do Divino” e o “Quinto Império”, e que acabam se confundindo na prática.


Muitas datas proféticas cercando o ano 2000 ficam no centro disto, tais como 1980 (Alice A. Bailey), 1999 (Nostradamus), 2005 (Eubiose), 2012 (maianismo), 2014 (Kaduri) e 2025 (Hinduísmo), todas fazendo referência à chegada ou ao retorno do messias ou do avatar (ainda que as pessoas não enxerguem e que o vulgo insista e até exagere no lado trágico da transição). Nas lendas lusitanas o Sebastianismo se fundiu ao messianismo.
Como o reino de Portugal nasceu próximo ao surgimento da “Idade do Espírito Santo” e se consolidou como “Império mundial” na abertura do “Idade do Diamante” –sendo o primeiro império europeu do ciclo colonial-, gerou-se esta dupla-lenda da “Império do Divino” e do “Quinto Império”.

O tema do “Império do Divino” foi um provável sincretismo lusitano, e o culto apareceu em Portugal junto à chegada dos Cavaleiros de Cristo (ex-Templários) àquelas terras. Já o Quinto Império possui uma gênese plural, mas temos a origem das modernas prospecções no padre Antônio Vieira através dos seus estudos bíblicos (famoso sonho de Nabucodonosor) e da “História do Futuro” -quiçá, o “duplo império” Brasil-Portugal lhe inspirasse deveras esta imagem futurista.
As Idades divinas envolvem “impérios” mais ou menos culturais ou espirituais. Com efeito, na Tradição de Sabedoria não se tem maior fixação pela política, e sim na cultura. Sabe-se das vicissitudes da política, o importante é que tudo se oriente pela Lei espiritual.
Tampouco importa que o Idade do Espírito fomente um Império de transição, o detalhe das mudanças de ciclos é de certa forma secundário ante a realidade da energia criadora e transformadora do Espírito.

Reminiscência antigas

Mas não foram somente os adeptos dos novos credos que viram na descoberta das Américas um sinal da Providência para o cumprimento dos seus sonhos. Outras crenças que há muito também se sentiam perseguidas, quiseram enxergar neste desdobrar de horizontes o reencontro de irmãos, como os judeus que viram nos ameríndios as “tribos perdidas” de Israel, quiçá o próprio Éden todavia preservado. Mais do que ninguém, os judeus prezavam as profecias da Quinta Idade através do sonho do rei da Babilônia descrito em Daniel, e através deles vieram os representantes do pensamento da Antiguidade para o Novo Mundo.



De passagem mencionaremos então certa contraparte profética que se manifestou fugazmente na ocasião das Conquistas, quando num primeiro momento algumas nações nativas viram nos invasores a volta dos seus próprios deuses, inclusive deuses associados à ideia da transição como sucede a Quetzalcoatl, a “serpente emplumada”, um nome notadamente relacionado ao Caduceu e, como tal, às estruturas-de-síntese da transição.

* Um período intermediário valeria portanto para as Eras zodiacais de 2.160 anos, ocupando um total de 432 anos para a completa compenetração de uma Nova Era, ainda que na fase central esta já exista ativamente embora de maneira sutil ou, simbolicamente falando, "infantil".
** Aqui já encontramos um profuso detalhamento de ciclos antropológicos, civilizatórios, sociais, geracionais e até individuais, além de conexões importantes com astrologias de várias tradições. Neste sentido, a Doutrina Cronocrator é aquilo que está por detrás de muitas visões calendáricas, seja ciclos sociais ou projetos civilizatórios milenaristas. 
*** Se costuma interpretar a tripla-geração da Fênix (que coloca três ovos antes de morrer) como sendo os três ciclos de 500 anos contidos no grande ciclo Sótico de 1.461 anos. No entanto, vale notar que três destes ciclos maiores também integram um período de 4.386 anos, semelhante ao ciclo caldeu de 4.320 anos (dupla Era astrológica, ou quase uma Era solar, com suas divisões centrais), e que não deixa de representar uma versão “ampliada” da Fênix. O ciclo de 500 anos é uma variação (ou arredondamento, pela inclusão das transições) do baktun de 400 anos.

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* Luís A. W. Salvi é autor polígrafo com cerca de 150 obras, e na última década vem se dedicando especialmente à organização da "Sociologia do Novo Mundo" voltada para a construção sócio-cultural das Américas.
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